O incêndio na maior central nuclear da Europa, em Zaporijjia, na Ucrânia, está apagado, segundo os bombeiros. A central esteve a arder durante a noite, depois de bombardeada pelas forças da Rússia. A Agência Internacional de Energia Atómica diz que nenhuma área sensível da central foi atingida e os níveis de radiação não se alteraram, mas se os ataques continuarem, isso pode causar um desastre nuclear maior que o de Chernobyl.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy deixa um aviso: A Europa tem de acordar. Agora. A maior central nuclear da Europa está em chamas. Tanques russos estão a disparar contra equipamento nuclear. São tanques equipados com visores térmicos, por isso sabem muito bem o que estão a fazer”, disse.
As sirenes fizeram-se ouvir um pouco por todo o país, incluindo na capital, Kiev. A coluna de veículos militares com dezenas de quilómetros de comprimento continua praticamente parada às portas da capital e está assim há vários dias, mesmo se as imagens enviadas pelo ministério russo da defesa mostram os carros em movimento. Este facto levanta várias questões sobre o estado dos veículos, mas também da aviação ucraniana, já que até agora a coluna não foi alvo de bombardeamentos.
A aviação russa bombardeou vários edifícios na cidade de Chernihiv, perto de Kiev, incluindo um armazém petrolífero. Os ataques fizeram pelo menos 33 mortos civis e 18 feridos.
Também em Kiev vários edifícios foram bombardeados, incluindo um armazém que esteve a arder durante várias horas. Segundo o ministério das emergências, trata-se de um complexo com dez mil metros quadrados. Não há vítimas conhecidas.
A cidade de Kherson, no sul do país, foi a primeira a cair inteiramente em controlo russo. As autoridades locais informaram que as forças da Rússia estão a controlar os principais edifícios governamentais. As últimas imagens da cidade mostram pessoas a fazer longas filas para poderem comprar pão.
As potências da NATO reforçaram a presença nos países vizinhos. Os Estados Unidos aumentaram o contingente na Polónia. Os militares na base de Arlamow, perto da fronteira, estão a fazer vários exercícios. Já França concentra as tropas na Roménia. Mais de 500 militares franceses chegaram a uma base no Mar Negro, para reforçar o flanco leste da Aliança Atlântica.
Fonte: Euronews / Redação TIVER