COVID-19: OMS ADVERTE QUE ESTIRPE EG.5 PODE TORNAR-SE DOMINANTE

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu hoje que a estirpe EG.5 do SARS-CoV-2, classificada de interesse, pode provocar “um aumento na incidência” de infeções e “tornar-se dominante em alguns países ou mesmo no mundo”. Em comunicado, a OMS justifica o alerta com o facto de esta linhagem, resultante da sublinhagem recombinante XBB.1.9.2 da variante Ómicron, apresentar “características que escapam aos anticorpos” e estar em “vantagem de crescimento”.

A OMS ressalva que, apesar destes fatores e da “prevalência aumentada” da EG.5, não foram reportadas até à data alterações na gravidade da doença covid-19 e o risco para a saúde global que a variante representa é baixo.

Segundo a OMS, houve um “aumento considerável” de casos na semana de 17 a 23 de julho, período em que a taxa de prevalência global da EG.5 subiu para 17,4% (quatro semanas antes, a prevalência situava-se em 7,6%). A estirpe EG.5 foi comunicada pela primeira vez à OMS em fevereiro e em 19 de julho foi designada como variante sob monitorização.

Agora, face à “avaliação de risco” feita, a OMS decidiu classificar a EG.5 e as suas sublinhagens como variante de interesse. A linhagem EG.5 tem uma mutação adicional no aminoácido F456L na proteína da espícula do SARS-CoV-2 (proteína da superfície do coronavírus que se liga às células humanas) quando comparada com a sublinhagem recombinante XBB.1.9.2 que lhe deu origem e com a sublinhagem recombinante XBB.1.5, ambas da variante Ómicron.

A sublinhagem EG.5.1 tem, ainda, mais uma mutação na proteína da espícula e representa 88% das sequências genéticas disponíveis para a estirpe EG.5 e as suas sublinhagens.

À data de segunda-feira tinham sido submetidas à plataforma internacional de partilha de dados genómicos GISAID 7.354 sequências genéticas da EG.5 de 51 países, incluindo Portugal, que enviou 115 sequências, de acordo com a OMS. China lidera a lista de países com mais sequências genéticas da EG.5 submetidas (2.247), seguindo-se Estados Unidos (1.356), Coreia do Sul (1.040) e Japão (814).

Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver

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