Instituições que trabalham pelos direitos das crianças em Cabo Verde consideram que o país está numa “situação privilegiada” em termos de direitos a nível das crianças africanas. As instituições falaram por ocasião do dia da criança africana.
Esta é a perceção dos responsáveis do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), da Associação Crianças Desfavorecidas (Acrides) e da Plataforma das Comunidades Africanas Residentes em Cabo Verde, entrevistados a propósito do Dia Internacional da Criança Africana, que se assinala hoje, 16 de Junho.
A responsável do ICCA avançou que vê um futuro “comprometido” a nível das crianças africanas, considerado um “grande desafio”, porque a África está sendo assolada por vários conflitos armados, pelos problemas da fome e seca, da pobreza, da mobilidade interna e da desertificação.
Também a presidente da Acrides, Lourença Tavares, assegurou que Cabo Verde está num “bom caminho”, a nível dos direitos das crianças, considerando que atualmente as crianças têm melhores condições de vida, tanto a nível escolar, familiar, entre outros meios, diferente das crianças dos outros países africanos, apesar de alguns desafios a nível de abuso e exploração sexual.
Por outro lado, o presidente da Plataforma das Comunidades Africanas Residentes em Cabo Verde defendeu que é “urgente” avaliar a situação das crianças africanas no continente, numa perspetiva pan-africanista, tendo em conta as ações levadas a cabo para a proteção das crianças que estão vivendo numa “situação extrema” de vulnerabilidade.
Para celebrar o Dia Internacional da Criança Africana, a União Africana instituiu como lema de comemoração “proteção das crianças no ambiente digital”, no sentido de alertar os pais, as crianças e a sociedade civil sobre os riscos do uso abusivo das tecnologias.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver