A balança comercial foi negativa em 61,6 milhões de euros em fevereiro, um agravamento de 5,2% face ao mesmo mês de 2022. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística compilados hoje pela Lusa.
De acordo com o relatório estatístico do Comércio Externo do INE, este resultado foi agravado pelo aumento nas importações, que cresceram 5,9% em Fevereiro, em termos homólogos, para 7.274 milhões de escudos. Já as exportações cresceram 18,1% no mesmo mês, para 475 milhões de escudos, enquanto as reexportações aumentaram 32,7%, para 2.450 milhões de escudos.
Com este desempenho, a balança comercial de Cabo Verde voltou a ser negativa em Fevereiro – como em todos os meses anteriores -, em 6.799 milhões de escudos, contra o défice de 6.466 milhões de escudos no mesmo mês de 2022, ainda assim inferior ao aumento homólogo de 52,2% em Janeiro.
Cabo Verde importa cerca de 80% dos alimentos que consome, segundo dados anteriores do Governo, devido à seca que afectou o arquipélago nos últimos quatro anos, e a produção de 80% da electricidade ainda é dependente de centrais a combustíveis fósseis, o que obriga à importação de combustíveis refinados.
No primeiro mês do ano, a Europa manteve-se como “o principal cliente de Cabo Verde”, absorvendo 91% do total das exportações cabo-verdianas, nomeadamente Espanha (56,9%) e Portugal (18,7%), e essencialmente produtos preparados e conservas (65%), segundo o INE.
Nas importações, o continente europeu continua a ser, igualmente, o principal fornecedor de Cabo Verde em Janeiro, com um peso de 70,9% do total, sobretudo a partir de Portugal (46,3%) e Espanha (12,2%), além de Taiwan (7,2%).
As importações de Cabo Verde aumentaram 25,5% em todo o ano 2022, enquanto as exportações diminuíram 3%, relativamente ao ano anterior, divulgou anteriormente o INE.