A Direcção Nacional de Política do Mar, reconheceu que tem havido falhas nos serviços de transportes marítimos interilhas alegando razões financeiras e de operacionalização. Contudo, a Direcção Nacional de Política do Mar, garantiu a implementação de um novo modelo operacional para os “próximos dias”.
Desde Janeiro de 2023, o serviço de transporte marítimo entre as ilhas vem sendo prestado por apenas dois navios, Chiquinho na linha São Vicente- Santo Antão, e Dona Tututa na ligação entre as restantes ilhas.
Uma situação que suscitou, na sexta-feira, 24, críticas do bispo da Diocese do Mindelo, Dom Ildo Fortes, que chamou de “falta de consideração e respeito aos passageiros”, pedindo urgência na resolução dos problemas que afectam o sector.
O desabafo feito na sequência de uma viagem que efetuou no dia 22 de São Vicente para São Nicolau, informando que o destino que estava previsto para às 16:00 foi adiado para às 20:00 tendo os passageiros sido contactado, via SMS, para comparecer às 18:00 quando o barco só veio a sair às 2:30 de madrugada do dia seguinte
E na sequência desses últimos acontecimentos relacionados a ligações interilhas, que tem rendido críticas por parte dos passageiros, a Direcção Nacional de Política do Mar, informou que foi regularizado, a esta data, já dispõe de um montante de, referente à uma dívida de Dezembro de 2022, e assegurou que tem feito “todos os esforços” para a normalização da situação.
Conforme avançou, está ciente que a subvenção pública pelas imposições de prestação do serviço de transporte marítimo atingiu valores elevados, muito acima do previsto, nos primeiros três anos de operação.
Contudo, afirmou que as razões prendem-se com os efeitos da pandemia da Covid-19 devido a consequente fecho das fronteiras, limitações impostas no transporte de passageiros e estagnação da economia, seguido do aumento galopante dos preços dos combustíveis, condicionando assim a capacidade do pagamento do Estado, por um lado, e por outro a tesouraria da Cabo Verde Interilhas.
Não obstante, considerou “injustificável” o nível de serviço que vem sendo prestado desde o início do ano e informou que já notificou a CVI exigindo a reposição da frota, aplicando medidas coercivas, caso necessário, previstas no contrato de concessão e no quadro legal aplicável.
Fonte: Expresso das Ilhas // Ad: Redação Tiver