Na ilha italiana de Ischia, as equipas de resgate continuam as buscas por entre os destroços e a lama, mas a esperança de encontrar sobreviventes do deslizamento de terras vai esmorecendo à medida que o tempo passa.
O inspetor dos bombeiros, Mario Della Corte, explica as condições em que prosseguem os trabalhos: “As equipas estão a trabalhar com grande dificuldade, a trabalhar à mão, obviamente, porque ainda não conseguimos operar com outros meios, como escavadoras. É tudo à mão e com pás, tentando remover o máximo de material possível no mais curto espaço de tempo”.
Às equipas de resgate juntaram-se muitos voluntários, como um grupo de jovens que trabalha arduamente na esperança de poder salvar um colega de escola. Um deles afirma: “Trabalhamos para libertar as casas da lama. A situação é difícil. Rezamos e esperamos pelas famílias que ainda estão desaparecidas”.
Entre as vítimas há várias crianças. Na segunda-feira foi resgatado o corpo de um jovem de 15 anos, cujos irmãos mais novos tinham sido encontrados mortos no fim de semana.
Está também entre as vítimas um casal e o filho bebé de três semanas.
A tragédia de Ischia relançou a nível nacional a polémica sobre a amnistia para a demolição de casas construídas em zonas perigosas.
Quase metade dos proprietários das casas de Ischia tinha pedido amnistia nos últimos anos para evitar a demolição.
As cerca de trinta casas soterradas pela lama foram construídas no meio de uma descida natural da água da montanha.
Fonte: Euronews