Foram ouvidas várias explosões em Kiev, na manhã desta segunda-feira. De acordo com a agência de notícias France Press, os mísseis russos atingiram a capital da Ucrânia por volta das 8:15 horas locais.
As sirenes de ataque aéreo soaram minutos antes das explosões. O presidente da Câmara Municipal de Kiev, VitaliiKlitchko, relatou explosões no bairro central da cidade de Shevchenko. Não há, para já, relatos de vítimas.
O ataque à capital da Ucrânia ocorre dois dias após explosão na ponte Kerch que liga a Rússia à Península da Crimeia. No sábado colapsou, parcialmente, depois de uma violenta explosão, inicialmente atribuída à implosão de um camião.
O presidente russo vai reunir-se esta segunda-feira com o Conselho de Segurança, onde a explosão será também abordada. Entretanto, Vladimir Putin apontou já o dedo a Kiev, acusando os serviços secretos ucranianos de “um ato de terrorismo”.
“Não há dúvida de que se trata de um ato de terrorismo destinado a destruir as infraestruturas civis críticas da Rússia. Os seus autores, perpetradores e beneficiários são os serviços de segurança da Ucrânia”, disse.
Sete tanques de combustível, transportados por um comboio explodiram, também, e três pessoas morreram.
O caso mostra, de acordo com o analista político Abbas Gallyamov, as fragilidades do Governo de Vladimir Putin: “Esta é uma clara confirmação da fraqueza do exército de Putin, dos serviços especiais de Putin, do Estado de Putin, do regime de Putin, do próprio Putin. Isto, é claro, inspirou a oposição. Enquanto os lealistas são desmoralizados. Ou seja, isto porque mais uma vez veem que quando as autoridades dizem que tudo está a correr como planeado, e nós ganhamos, eles mentem, isso desmoraliza-os”.
Entretanto, a cidade ucraniana de Zaporíjia voltou a ser alvo de mais bombardeamentos por parte das forças russas, no domingo.
Há pelo menos 14 mortes confirmadas, e mais de meia centena de feridos, de acordo com o último balanço das autoridades locais.
Fonte: Euronews