FRANÇA DECLARA ESTADO DE EMERGÊNCIA NA NOVA CALEDÓNIA

Três jovens indígenas Kanak e um polícia foram mortos em motins provocados por novo projeto de lei adotado em Paris, segundo o qual os residentes franceses que vivem na Nova Caledónia há 10 anos são autorizados a votar nas eleições locais. Líderes indígenas temem que o seu voto fique diluído.

A França declarou o estado de emergência na ilha da Nova Caledónia, no Pacífico, na quarta-feira, depois de três jovens indígenas Kanak e um agente da polícia terem sido mortos em tumultos relacionados com a reforma eleitoral.

O estado de emergência entrou em vigor às 5 da manhã, hora local (18 horas de quarta-feira, hora de Lisboa), dando às autoridades poderes adicionais para proibir ajuntamentos e a circulação de pessoas na ilha administrada por França.

Foram enviados para a Nova Caledónia 500 agentes da polícia, que se vão juntar aos 1.800 habitualmente presentes na ilha, depois de os motins terem tomado conta das ruas, com veículos e empresas incendiados e lojas saqueadas. 

As escolas foram encerradas e a capital já está sujeita a um recolher obrigatório.

Na origem dos distúrbios está  um novo projeto de lei, adotado em Paris na terça-feira, segundo o qual os residentes franceses que vivem na Nova Caledónia há 10 anos podem votar nas eleições locais. Alguns líderes índígenas temem que o voto dos Kanak fique diluído.

“Não será tolerada qualquer violência”, declarou o Primeiro-Ministro Gabriel Attal, acrescentando que o estado de emergência permitirá restabelecer a ordem. 

Os Kanak são originários da Nova caledónia e, em tempos, foram objeto de duras políticas de segregação.

Fonte: Euronews

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