O governo cessante reuniu-se com Mohammed al-Bashir, que irá governar o país até 1 de março. Al-Jolani, líder dos rebeldes, garante que a Síria será “reconstruída” e que os países do ocidente “não têm nada a temer” com o novo poder instalado no país.
O novo líder interino da Síria, Mohammed al-Bashir, anunciou na terça-feira que irá assumir o comando do país como primeiro-ministro interino até 1 de março, contando com o apoio dos antigos rebeldes que derrubaram o presidente Bashar al-Assad, há poucos dias.
O governo cessante reuniu-se com al-Bashir pela primeira vez na terça-feira, desde que Assad fugiu de Damasco no fim de semana.
Após a reunião, Al-Bashir disse aos jornalistas que os ministros discutiram a transferência das pastas para o governo interino durante o período de transição até ao início de março e que, nos próximos dias, o novo governo decidirá sobre cada ministério.
“Fomos incumbidos pelo comando geral de gerir os assuntos do governo sírio durante um período de transição”, afirmou Bashir na declaração após a reunião em Damasco. Bashir acrescentou que espera que os ministros do anterior governo sírio ajudem o novo governo durante este período de transição.
“O governo provisório foi formado por vários ministros do governo revolucionário, que é o governo de salvação da Síria, e este governo é um governo provisório temporário que durará até março de 2025, até que as questões constitucionais sejam resolvidas”, disse Bashir.
Apesar da incerteza, as pessoas continuam a celebrar pelo terceiro dia consecutivo e as lojas e bancos reabriram apesar dos ataques aéreos israelitas em todo o país.
O líder do grupo rebelde Hayat Tahrir al Sham (HTS) garantiu que o mundo “não tem nada a temer” com o novo poder instalado na Síria.
As declarações aconteceram durante uma entrevista à Sky News, a primeira a um orgão de comunicação social ocidental, com Ahmed al-Sharaa, também conhecido como Abu Mohammed al-Jolani, a tentar tranquilizar as nações estrangeiras nos seus comentários, prometendo que a Síria “será reconstruída”.
“O medo era devido à presença do regime. O país está a avançar para o desenvolvimento e a reconstrução. Está a caminhar para a estabilidade”, afirmou al-Jolani, citado pela publicação britânica.
Fonte: Euronews