GUERRA ISRAEL-HAMAS: AS BOMBAS E O PLANO DE INUNDAR OS TÚNEIS

A contra-ofensiva ao ataque terrorista de 7 de outubro intensifica-se agora no sul da Faixa de Gaza, onde os hospitais se revelam cenários indescritíveis envolvendo crianças

As sirenes voltaram a ouvir-se esta terça-feira de manhã nas localidades israelitas próximas da Faixa de Gaza. Estamos no 60.° dia da contraofensiva de Israel ao ataque terrorista do Hamas de 7 de outubro e os ataques de parte a parte continuam.

As operações israelitas prosseguem no norte, mas intensificam-se agora na zona sul do enclave até há pouco controlado pelo braço armado do grupo palestiniano.

Em cima da mesa, adianta o Wall Street Journal, está um plano iniciado por Israel em novembro para inundar a agora famosa “teia” de túneis do Hamas com água do mar e obrigar os militantes palestinianos a sair para céu aberto.

O jornal norte-americano cita fontes norte-americanas não identificadas e avança que em meados de novembro as forças militares israelitas instalaram um sistema com pelo menos cinco bombas de água a cerca de 1,6 quilómetros do campo de refugiados de Al-Shati. 

O objetivo é bombear milhares de metros de cúbicos de água do mar por hora e inundar os túneis usados pelos militantes do Hamas para se protegerem das forças israelitas. O plano prevê que no espaço de semanas os militantes não teriam condições de se manter escondidos e protegidos nos túneis.

O facto de o Hamas ter dito que pelo menos alguns dos cerca de 240 reféns raptados a 7 de outubro são mantidos em túneis poderá estar a travar o plano israelita de inundar a “teia” do grupo palestiniano.

Israel não confirmou o plano, mas uma fonte das Forças de Defesa de Israel disse ao WSJ que “as IDF estão a operar para desmantelar as capacidades de terrorismo do Hamas de várias maneiras, recorrendo a diferentes ferramentas militares e tecnológicas”.

O jornal avança que o plano israelita de inundar os túneis foi apresentado aos Estados Unidos no mês passado  e que ainda não havia conhecimento de uma decisão tomada pelo governo de Benjamin Netanyhau sobre a inundação dos túneis do Hamas.

O cessar-fogo humanitário e a consequente troca de prisioneiros acordada entre Israel e o Hamas, com mediação do Qatar, iniciados a 24 de novembro tiveram um fim precoce na manhã de 1 de dezembro.

Fonte: Euronews

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