O grupo islamita palestiniano não vai negociar a libertação de mais reféns até um cessar-fogo israelita. Votação no Conselho de Segurança da ONU voltou a ser adiada.
Não há mais negociações sobre a libertação de reféns até que Israel pare os ataques a Gaza. Essa foi a posição transmitida pelo Hamas no final de quinta-feira.
O grupo islamita palestiniano já tinha recusado uma sugestão de Israel para uma trégua de 7 dias como aconteceu no final de novembro. Desta vez, o Hamas exige um cessar-fogo total.
Se isso vier a acontecer, dificilmente será por força de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas: na quinta-feira foi novamente adiada a votação do projeto. Embor, desta vez, a representante dos Estados Unidos tenha dito que “pode apoiá-lo”, se for colocado em cima da mesa “como está”.
Os diplomatas não divulgaram detalhes sobre as mudanças que permitiram que Washington desse luz verde. Na imprensa internacional circula a informação de que o pedido para suspender as hostilidades de forma imediata foi retirado, e que agora o documento pede “medidas urgentes para permitir imediatamente a entrada de ajuda em Gaza e a criação de condições para uma cessação das hostilidades”.
Segundo a AlJazeera, os Estados Unidos estão satisfeitos com a redação da resolução, mas os diplomatas palestinianos e russos não estão, razão pela qual a votação terá sido adiada novamente, apesar da declaração otimista da representante norte-americana.
Relativamente à situação humanitária, o presidente israelita Isaac Herzog, que está em Paris para se encontrar com senadores franceses, afirmou que Israel “pode permitir a entrada de 300 ou até 400 camiões por dia, mas devido a uma falha decisiva da ONU são incapazes de trazer mais de 125 camiões por dia.”
Esse argumento tem sido repetido há várias semanas. Israel acusa a ONU de ser incapaz de coordenar a ajuda necessária. Já a ONU diz que é puramente impossível de coordenar a logística corretamente quando se está constantemente sob bombardeamento.
De acordo com a ONU, mais de 90% da população da Faixa de Gaza, calculada em 2,2 milhões de pessoas, já se confronta com um nível de “crise”, no limite inferior da escala da segurança alimentar.
Fonte: Euronews