O presidente do INE disse hoje, na Praia, que o Dia Africano de Estatísticas desafia os institutos a modernizarem na recolha e tratamento de dados utilizando as tecnologias que diminuem o erro e aumentam a produção. João Cardoso de Pina avançou, em declarações à imprensa na abertura do evento no Palácio do Governo, que uma das principais valências das tecnologias de informação e comunicação (TIC) é a de permitir a recolha de grandes quantidades de dados, como por exemplo dados administrativos, garantindo assim utilização de estatísticas oficiais em grande escala e de alta qualidade.
Segundo este responsável, o censo demográfico de 2021 foi desenvolvido, em boa parte, graças às TIC, uma aposta que diminuiu a intervenção humana, reduzindo, também, o nível de erro.
O maior desafio da instituição, adiantou, tem sido cumprir o calendário com poucos recursos humanos, um entrave que tem resultado em atrasos na recolha e divulgação de dados à sociedade civil.
Relativamente às críticas sobre os dados produzidos pelo INE, o presidente justificou que todos os dados têm como base “ciência e metodologia” claras, comparáveis à escala internacional, apontando que só o “desconhecimento” pode levar a tais pronunciamentos.
João Cardoso de Pina aprofundou a ideia da importância de utilizar as TIC no levantamento das informações, avançando que no dia 18 e 19 de dezembro, num encontro entre os presidentes dos institutos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) vão discutir a utilização da inteligência artificial.
O Dia Africano de Estatísticas, celebrado anualmente a 18 de novembro, foi adotado em 1990 na conferência da UNECA (Comissão Económica das Nações Unidas para a África) dos ministros Africanos responsáveis pelo Planeamento e Desenvolvimento Económico. Este ano, comemora-se sob o lema “Apoiar a educação através da modernização da produção de estatísticas adequadas à sua finalidade”, proposto pela Comissão Económica das Nações Unidas para a África (UNECA)
Fonte: Balai.cv//Ad:Redação Tiver