LÍDERES COMUNITÁRIAS CAPACITADAS PARA COMBATER A VBG

A Associação Cabo-verdiana de Luta contra a Violência Baseada no Género, organizou uma formação de capacitação para cerca de 30 mulheres. Estas líderes comunitárias estão aptas a intervir, combater e prevenir situações de VBG.

Segundo explicou a coordenadora do projecto, Nair Tavares, trata-se de um projecto-piloto desenvolvido em parceria com a ONG Themis, do Brasil, com o apoio da Fundação Womanity, cujo objetivo é capacitar as mulheres em liderança comunitária, visando noções básicas de direito para que possam intervir e prevenir situações de violência dentro das comunidades.

A formação, que se inicia no dia 20 de maio, abrange duas etapas e integra várias temáticas abordadas em módulos ministrados por especialistas na matéria, sendo que após a formação deverão implementar um plano de intervenção comunitária.

“A equipa técnica da associação vai fazer todo o acompanhamento, seguimento e monitorização das líderes comunitárias visto que o plano tem um conjunto de actividades desenvolvido junto dos adolescentes, crianças e jovens, homens e mulheres em vários âmbitos com sessões de conversas, palestras, actividade lúdicas e culturais para levar temáticas sociais que interpelam a comunidade” garantiu a coordenadora.

Nair Tavares avançou que o projecto visa sensibilizar e consciencializar as pessoas em torno dos direitos e deveres, bem como trabalhar as questões da prevenção ligados à VBG, conjuntamente com instituições e escolas do País.

Frisou que para além das aulas, as formandas terão a oportunidade de “em perfeita articulação” visitar e trabalhar com as instituições nomeadamente o Instituto Cabo-verdiana para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), tribunais, procuradoria, serviços de saúde e Polícia Nacional.

Conforme esclareceu, esta vertente possibilita conhecer “na prática” os serviços, para que no momento da intervenção as líderes comunitárias “saibam qual serviço recorrer, os profissionais e como fazer”.

“Quando conhecem os profissionais e os objectivos dos serviços, é muito mais fácil, depois da formação, entrarem em contacto para quando há uma necessidade. A ideia da formação é para que sirvam também de ponte entre a comunidade e as instituições porque, às vezes, as pessoas não sabem quais os serviços devem dirigir para resolver os seus problemas” precisou, realçando que as visitas proporcionam uma maior proximidade com as instituições.

Para a coordenadora do projecto, esta iniciativa visa, essencialmente, melhorar a problemática de “congestionamento de processos”, capacitando as líderes comunitárias para atuarem como porta-voz das suas comunidades.

“As líderes comunitárias vão recolher todas as questões e problemas, levar as diferentes instituições de acordo com a necessidade, e dessa forma vai acompanhar os processos, e resolver de forma mais rápida, é menos congestionamento segundo próprios relatos de instituições, porque assim não vai ser necessário as pessoas dirigirem as instituições” explicou.

Fonte. Inforpress // Ad: Redação Tiver

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