LUÍS GIOVANI: ACÓRDÃO DO JULGAMENTO CONHECIDO EM BRAGANÇA

Dois anos depois do início do julgamento, a leitura do acórdão da morte do jovem de 21 anos, Luís Giovani, é conhecida hoje. No banco dos réus estão sete homens de Bragança.

O Tribunal de Bragança marcou para hoje a leitura do acórdão do julgamento da morte do cabo-verdiano Luís Giovani, no qual sete portugueses são acusados de homicídio qualificado.

A decisão do coletivo de juízes é conhecida dois anos depois do início do julgamento em que o Ministério Público, que deduziu a acusação, acabou por pedir, nas alegações finais, a condenação de apenas um dos arguidos, a pena nunca inferior a seis anos de prisão, ressalvando que não houve intensão de matar, nem a “selvajaria” inicialmente descrita.

O procurador concluiu que se tratou de uma altercação entre um grupo de cabo-verdianos e um grupo de portugueses, sem que se saiba quem bateu em quem” e que um dos portugueses, que admitiu ter um pau, terá atingido a vítima quando manuseava o mesmo na direção de outro cabo-verdiano.

As defesas insistem que se tratou de uma rixa e na dúvida sobre se a morte de Luís Giovani terá resultado de uma pancada ou de uma queda, reforçada pela autópsia que foi inconclusiva.

A leitura do acórdão já esteve marcada duas vezes, a primeira para setembro e foi adiada devido a alteração aos factos que levou a nova inquirição dos cabo-verdianos, e a segunda, para dezembro, também não ocorreu por problemas de saúde de um magistrado.

Luís Giovani tinha saído com mais três cabo-verdianos e, segundo a versão divulgada por amigos, 15 a 20 pessoas” terão feito uma “espera ao grupo” e agredido “com murros, pontapés, cintos, soqueiras e paus” a vítima mortal.

O caso motivou reações de entidades portuguesas e cabo-verdianas e manifestações e marchas contra a violência e o racismo, que as autoridades policiais descartaram desde o início do processo.

Fonte: Observador // Redação Tiver

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