O Ministério Público acusou esta semana uma mulher por homicídio agravado com dolo eventual, após o filho, Kaíque, de apenas dois anos, ter sido encontrado morto em Abril na localidade da Várzea, Praia. Segundo a acusação, a mãe, a jovem Veronique Semedo, teria deixado a criança sozinha em casa enquanto passava a noite fora.
De acordo com fontes judiciais, na noite de 12 de Abril, Veronique saiu de casa por volta da meia-noite, deixando Kaíque, que sofria de microcefalia e tinha um histórico de problemas respiratórios, sentado numa cadeira de baloiço, sozinho, a ver televisão. A criança apresentava sintomas de resfriado e tinha diagnóstico de atraso neuropsicomotor.
No dia seguinte, entre as 10h e 11h, Veronique ligou para a mãe, que morava no mesmo prédio, pedindo que verificasse como estava a criança. Ao chegar, a avó encontrou Kaíque sem vida. Segundo a perícia, ele teria sofrido uma crise de convulsão, engasgando-se com líquido gástrico por volta das 4h da madrugada.
Acusação do Ministério Público O MP argumenta que a mãe tinha plena consciência dos riscos de deixar o filho sozinho, especialmente devido à condição de saúde delicada da criança, e que tal conduta configura dolo eventual, caracterizando homicídio agravado. O caso inclui ainda o testemunho de três primas de Veronique, que estariam com ela na noite dos fatos.
O incidente gerou na altura uma onda de comentários nas redes sociais, onde muitos expressaram indignação e preocupação com o bem- -estar de crianças com condições de saúde especiais.
Fonte: A Nação//Ad:Redação Tiver