De acordo com as contas do Instituto nacional de estatística, o sector informal representou 13,3% do Produto Interno Bruto nacional em 2023, um peso considerável, mas não tão expressivo como noutros países da África Subsaariana. O relatório apontou ainda que as mulheres recebem, em média, menos 40% que os homens, no sector informal, apesar de dirigirem a maioria dos negócios.
“O rendimento médio dos trabalhadores do sector informal foi de 14.599 escudos por mês, sendo este valor igual a 19.263 escudos entre os trabalhadores do sexo masculino e 11.655 escudos entre trabalhadores do sexo feminino”, lê-se no relatório do III Inquérito ao Sector Informal, consultado hoje pela Lusa.
O relatório nota a discrepância, apesar de a maioria das Unidade de Produção Informal (UPI) serem “unipessoais e dirigidas por mulheres”, que constituem também a maioria da mão-de-obra do sector informal.
De acordo com as contas do INE, o sector informal representou 13,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2023, “um peso considerável, mas não tão expressivo” como noutros países da África Subsaariana.
Apesar de representar um valor apreciável, a informalidade sofre de várias fragilidades, entre as quais, a precariedade e irregularidade dos rendimentos: o relatório indica que apenas 7% dos trabalhadores são assalariados.
Parte significativa disse ter conhecimento “da existência de segurança social e do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS)”, mas quase um quinto (18%) desconhecia haver mecanismos de protecção social.
Os resultados revelam também que, “para a maioria das UPI, os promotores não estariam dispostos a registar as suas actividades junto à administração ou a pagar impostos”, indicando “um árduo trabalho a ser feito com o intuito de integrá-las nos circuitos formais”, nota o INE.
O comércio à beira das estradas e a céu aberto, em bancas improvisadas, são uma das marcas do arquipélago e um sinal do domínio do comércio na atividade informal.
Fonte: INE // Ad: Redação Tiver