Segundo um relatório do Instituto Nacional de Estatística, com base nas conclusões do Censo de 2021, mais de metade dos menores cabo-verdianos com o pai biológico vivo não residem com o progenitor.
De acordo com o relatório final sobre a situação das crianças aquando do quinto Recenseamento Geral da População e Habitação, residiam no arquipélago 165.370 menores, até 17 anos. Destes, 83,1% tinham a mãe biológica viva e residiam no mesmo agregado familiar da progenitora. Já 26.068 crianças não viviam com a mãe, segundo o relatório.
No mesmo estudo concluiu-se que dos menores com o pai biológico vivo 45,7% viviam no mesmo agregado familiar do progenitor. Contudo, 85.001 viviam à data do RGPH-2021 fora do agregado familiar do pai.
No documento também se concluiu que em 2021 existiam 2.015 crianças e adolescentes que “não são registadas ou o representante informou que não sabe”, correspondendo a 1,2% do total desse grupo populacional, sem diferenças entre sexos.
Os tribunais têm pendentes quase 1.300 processos de averiguação de paternidade, uma redução superior a 20% no espaço de um ano, segundo dados do Ministério Público.
Fonte: Expressos das Ilhas // Redação Tiver