Os 90 migrantes africanos que deram à costa da ilha da Boa Vista numa piroga em meados de Janeiro, à excepção de dois, já deixaram Cabo Verde. Estes foram distribuídos em dois voos militares rumo aos seus países de origem.
Segundo informações avançadas, o processo decorreu normalmente, tendo em conta que os estrangeiros já se encontraram estáveis física e emocionalmente, sobressaindo, porém, alguma “melancolia” pelos laços e ligações já criados com os boavistenses.
Contudo, dois dos 90 migrantes ficaram na ilha da Boa Vista para responder às autoridades e posteriormente repatriamento, por alegadamente terem sido os responsáveis por aliciar os colegas a embarcarem na viagem.
Uma piroga com 92 migrantes africanos, dois dos quais já cadáveres, deu à costa em 14 de Janeiro na ilha da Boa Vista, numa embarcação que terá partido da Gâmbia em 24 de Dezembro, com destino a Espanha.
Dos 90 imigrantes resgatados, 15 são menores, com idades compreendidas dos 14 aos 17 anos, 81 foram colocados no Pavilhão Municipal Seixal, Sal Rei, Boa Vista, e nove, incluindo as únicas três mulheres do grupo, tiveram de receber tratamento médico.
De acordo com o levantamento feito pela Câmara da Boa Vista, contam-se entre os migrantes 56 senegaleses, 26 nacionais da Gâmbia, cinco da Guiné-Bissau, um da Serra Leoa, um da Guiné-Conacri e um do Mali.
Há uma semana, a Alta Autoridade para a Imigração pediu formalmente o apoio da Organização Internacional para as Migrações para assistência a esses migrantes, que deram à costa na zona do farol de Morro Negro, na zona norte da ilha.
Fonte: Expressos das Ilhas // Ad: Redação Tiver