O ministro da Cultura, Abraão Vicente, disse esta quinta-feira que a candidatura da morna a património mundial da UNESCO é um grande ganho para o país. O ministro recusou a existência de histórias falsas no processo.
Instado a comentar, na Praia, as declarações do músico Paulino Vieira, em entrevista no fim de semana à agência Lusa, o ministro notou que a candidatura da morna a património mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), classificação que obteve em 2019, “é um grande ganho para a cultura de Cabo Verde”.
Na entrevista à Lusa, o cantor e multi-instrumentista disse que o dossiê “tem histórias falsas”, nomeadamente “gravações em que estão pessoas a tocar”, mas que disse que era ele a tocar.
E prosseguiu: “A morna passou a ser uma vítima de um flagrante, em que a sua história está falsificada e defraudada num documento que foi aprovado mundialmente”.
Considerando que “se fosse fácil alguém já o teria feito antes”, o ministro relembrou que a candidatura da morna não foi baseada na história da Cesária Évora, mas sim na história do povo cabo-verdiano. E enfatizou o facto de, por exemplo, o pescador, o carpinteiro, o pedreiro, as pessoas mais humildes e as mais letradas cantarem e viverem a morna como parte sua.
O ministro lamentou que, “quatro anos depois, as pessoas ainda insistem em falar de uma candidatura da morna, como se tivesse sido uma coisa abstracta”, reforçando que a candidatura foi construída com base na cientificidade e na capacidade técnica do IPC, na capacidade da consultoria e validada pela UNESCO, uma agência das Nações Unidas.
Fonte: EI // Ad: Redação Tiver