O PAICV afirmou que está suficientemente claro para os cabo-verdianos o falhanço do Governo em relação ao processo de reestruturação e privatização da TACV. João Baptista Pereira fez esta afirmação na apresentação a Moção de Censura, acrescentando que as privatizações lideradas pelo Governo de Ulisses Correia de Silva espelham bem a falta de transparência na gestão dos recursos dos cabo-verdianos e as suas consequências desastrosas para o erário público.
A Moção de Censura apresentada pelo PAICV ao Governo, foi o destaque no debate parlamentar desta sexta-feira, no qual o líder do partido tambarina, João Baptista Pereira, teve o foco nos transportes aéreos e marítimos cabo-verdiano. Dito isto, referiu que na privatização dos TACV, o preço de venda da empresa foi de aproximadamente 145 mil contos, mas que deste montante, Cabo Verde não recebeu um centavo e o Governo não esclareceu por que motivo o país não recebeu os 48.330 contos que deveriam ser pagos até o dia 31 de dezembro de 2019.
João Baptista ainda foi mais longe, frisando que a decisão do Governo de liquidar as operações domésticas da TACV foi um erro e precisa ser corrigido. Acrescentou que está suficientemente claro para os cabo-verdianos o falhanço do Governo em relação ao processo de reestruturação e privatização da TACV.
Sobre os transportes marítimos, Líder Parlamentar do PAICV afirmou que estes estão com cada vez menos regularidade, menos previsibilidade, menos respeito pelos utentes e com preços mais proibitivos.
Segundo o PAICV, o Primeiro-Ministro assumiu o compromisso da despartidarização das chefias da administração pública, da separação entre o partido e o Estado, do reforço da transparência e combate à corrupção, através da promoção de uma administração e governação abertas aos cabo-verdianos. Acrescentou que o Governo não cumpriu a promessa de incrementar a eficiência e a transparência do Estado.
Redação Tiver