MORRE ZÉ MÁRIO “BULIMUNDO” VITIMA DE AVC

Após o lançamento dos seus “40 anos da carreira” estando, pelo meio, a apresentação do single “Kaminho de Ferru” em gravação com o seu novo agrupamento musical “Zé Mário & Banda” o vocalista/intérprete “Zé Mário Bulimundo” morreu hoje, no HUAN, vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O vocalista e intérprete José Mário dos Reis, popularmente conhecido por Zé Mário Bulimundo, faleceu esta manhã no Hospital Universitário Agostinho Neto, na cidade da Praia vítima de Acidente Vascular Celebrar (AVC). Zé Mário desde muito novo decidiu dedicar-se à música, graças ao músico e professor vocal, Eutrópio Lima da Cruz, este cresceu como cantor.

Este vocalista que se definia como “discípulo de Catchás” (Carlos Alberto Martins), o grande guitarrista e mentor do célebre agrupamento musical Bulimundo, celebrizou-se como Zé Mário Bulimundo, agrupamento musical ao qual emprestou a sua voz ao longo de 36 anos.

Numa entrevista recente com a Inforpress tinha contado que herdou a sua veia artística na família, pois que a avó, “Nha Bia Jesus Correia”, autora da famosa composição “Batuco nº 2 do álbum “Ta Ndera ka ta cai”, destacava como uma grande cantadeira do batuque.

De salientar que o conjunto Bulimundo foi fundado em 1978 por Carlos Alberto Martins, “Katchas”, num período de grande efervescência cultural no arquipélago, nomeadamente do movimento que defendia o retorno às origens da música tradicional – o Funaná – com vista a se encontrar novas formas musicais.

​Em 1980, levaram-no ainda mais longe, abrindo caminho para a diáspora do funaná com discos como Djam Branku Dja e Bulimundo, que imortalizam a versão eletrificada desse jogo constante entre o acordeão diatónico e o ferro-gaita. Discos que os levaram numa larga digressão para a Europa e EUA.

Com quatro álbuns gravados, “Mundo Ka Bu Kaba” (1982), “Êxodo” (1983), “Compasso Pilon” (1984) e “Na Kal Qui Bu Ta Linha” (1991 depois do falecimento de Katchás em 1989) e o último CD seria “Ta N’Deria Ka ta Kai” (1997).

Fonte: Bulimundo // Redação Tiver

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