MORTES EM GAZA ULTRAPASSAM AS 42 MIL

Mortes em Gaza ultrapassam as 42 mil com ataques israelitas a intensificarem-se no norte do enclave. Em Israel, duas pessoas morreram na sequência de ataques aéreos vindos do Líbano.

São já mais de 42 mil as mortes registadas na Faixa de Gaza desde o reacender do conflito na região, a 7 de outubro do ano passado. De acordo com o último balanço, 42.010 pessoas morreram e 97.720 ficaram feridas nos ataques militares israelitas a Gaza, segundo o Ministério da Saúde do enclave.

No último período de 24 horas, a janela temporal utilizada para atualizar o balanço, pelo menos 45 palestianos e 130 ficaram feridos.

As forças israelitas voltaram a invadir o norte da Faixa de Gaza, continuando a travar fortes combates e a encurralar pelo menos 400.000 palestinianos. A ofensiva ameaça ainda o encerramento de três hospitais, com as forças israelitas a ordenarem a evacuação total das três principais unidades hospitalares do norte do território: os hospitais Al-Awda, Indonésio e Kamal Adwan.

Estão a decorrer combates intensos em Jabalia, onde as forças israelitas levaram a cabo várias operações importantes ao longo da guerra, tendo depois regressado à medida que os militantes se reagrupavam. Toda a zona norte, incluindo a cidade de Gaza, sofreu uma forte destruição e tem estado em grande parte isolada pelas forças israelitas desde o final do ano passado.

Os residentes do campo de refugiados afirmaram que milhares de pessoas ficaram presas nas suas casas desde o início da operação no domingo, enquanto os jatos e os drones israelitas sobrevoam a cidade e as tropas combatem os militantes nas ruas.

“É como um inferno. Não podemos sair”, disse Mohamed Awda, que vive com os pais e seis irmãos. Disse que havia três corpos na rua, à porta de sua casa, que não puderam ser retirados por causa dos combates.

O Comité Internacional de Resgate (IRC) partilhou um novo relatório que descreve o impacto devastador que a guerra de Israel em Gaza teve nas crianças do território.

Atualmente estima-se que cerca de 17 mil crianças estejam desacompanhadas ou separadas dos pais e de quem cuida delas mas o IRC considera que este número pode ser três vezes superior (51 mil).

“A investigação do IRC revelou que o risco de separação das famílias aumentou dramaticamente nos últimos meses, exacerbado por múltiplas rondas de deslocações, detenções, ordens de evacuação israelitas e mortes, tendo algumas crianças sido encontradas a viver sozinhas em hospitais”, é possível ler no comunicado.

Fonte: Euronews

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