A ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, apontou hoje a conscientização dos cidadãos como pilar importante para garantir a sustentabilidade e o fortalecimento do sistema de saúde no país.
Esta declaração foi feita à imprensa à margem do Fórum Internacional de Atenção Primária à Saúde, realizado hoje no campus da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).
Filomena Gonçalves que presidiu a cerimónia de abertura reconheceu que, apesar dos avanços nas infra-estruturas e no acesso aos serviços de saúde, com a maioria da população tendo acesso a uma unidade de saúde a menos de meia hora de distância, ainda há um grande desafio relacionado ao número de profissionais qualificados.
“Ainda temos desafios em termos do número de profissionais de Saúde. Estamos a investir para que tenhamos cada vez mais e melhores condições, e sabemos que, nos cuidados primários de Saúde, os profissionais devem acompanhar e educar as pessoas”, disse a ministra.
Filomena Gonçalves reconheceu que os profissionais da Saúde, sozinhos, não conseguem alcançar os resultados desejados, se não houver consciencialização do cidadão cabo-verdiano em como devem seguir as recomendações feitas pelos profissionais de Saúde.
Filomena Gonçalves sublinhou ainda que, no momento em as doenças crónicas são as primeiras causas de morte, é importante que a educação em Saúde seja programada, cada vez mais cedo, evitando o sedentarismo, o tabagismo e o consumo excessivo de açúcar e sal.
“Com uma boa educação para a Saúde e uma boa preparação em termos de cuidados primários, teremos menos pessoas a procurarem os hospitais em termos de cuidados”, disse.
Questionada sobre a especialização dos enfermeiros para um cuidado primário mais capaz, a ministra comentou que o Governo está a investir neste domínio e na qualificação de profissionais como psicólogos, sociólogos, antropólogos e animadores sociais, por serem os que estão em contacto directo com a população.
Em relação a uma recente acusação do médico cardiologista do Hospital Baptista de Sousa, em São Vicente, que diz estar na prateleira há mais 06 anos, a governante adiantou tratar-se de uma questão é de gestão interna, mas adiantou que o Ministério está a trabalhar para dar a conhecer a versão da instituição governamental.
“Na saúde a humanização é transversal, nós temos de cuidar dos que cuidam para poderem cuidar das pessoas, temos de tomar muitas medidas que têm a ver com os recursos humanos”, concluiu, reiterando, uma vez mais que o Governo está atento às necessidades dos profissionais de Saúde para poder apoiar e melhorar as condições de trabalho.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver