De visita a Quelimane, onde a tempestade desalojou quase 50 mil pessoas, o Presidente moçambicano prometeu 250 milhões de meticais [cerca de 3.7 milhões de euros] para a “retoma rápida” de serviços sociais.
O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, visitou nesta quarta-feira (15.03) as regiões mais afetadas pelo ciclone Freddy, na província da Zambézia.
Estima-se que pelo menos 53 pessoas morreram em consequência do fenómeno que afetou mais de 253 mil pessoas.
Numa declaração à nação, esta noite, o Presidente da República alertou que a “situação de emergência persiste”, com as chuvas intensas.
A Zambézia é a província mais afetada, onde, segundo Filipe Nyusi, se registaram “inundações de várias extensões urbanas que ocorreram com maior intensidade no distrito de Quelimane, onde temos o maior número de afetados, 49.159 pessoas desalojadas em 133 centros de acomodação”.
“Registámos a destruição parcial de 27.893 casas e um total de 20.241 casas totalmente destruídas e 1.417 casas inundadas”, adiantou ainda o Presidente moçambicano.
O município de Quelimane lançou esta quarta-feira uma movimento de angariação de apoio às vítimas do ciclone Freddy. O autarca Manuel de Araújo alertou que “há crianças a dormir no chão, em esteiras, sem cobertores, e muitas casas ficaram sem tetos” e, por isso, lançou o apelo: “A quem puder fornecer chapas de zinco ou outras coberturas ficaremos muito gratos”.
O Presidente moçambicano também apela à solidariedade interna. Mesmo assim, garante que o Executivo está a mobilizar fundos junto dos parceiros para atender às necessidades urgentes dos afetados.
“O Governo vai alocar uma verba de 250 milhões de meticais [cerca de 3.7 milhões de euros] a ser geridos pelo governo provincial para assegurar a rápida retoma de escolas, unidades sanitárias e outros serviços sociais”, prometeu.
Fonte: DW