PN JUSTIFICA RECUSA DE ENTRADA A CIDADÃOS DO IÊMEN EM CV 

A Polícia Nacional reagiu a uma carta aberta de um jornalista marroquino que denunciou racismo em Cabo Verde, dizendo que a Unidade de Fronteira recusou a entrada no país a dois cidadãos nacionais do Iêmen por falta de justificação válida. Segundo a PN, ao efetuar o pré-registo declararam que o motivo da viagem seria gozo de férias, mas, quando confrontados no balcão da Direção de Estrangeiros e Fronteiras, alegaram que vieram a convite do jornalista marroquino.

Em comunicado, a PN informa que, no passado dia 18 de maio, a Unidade de Fronteira, sediada no Aeroporto Nelson Mandela na cidade da Praia, recusou a entrada no país a dois cidadãos nacionais do Iémen, por falta de justificação válida das razões da vinda a Cabo Verde e por não terem meios de subsistência para suportarem a sua permanência no país, nem local certo de estadia.

Diz ainda esta polícia que, ao efetuar o pré-registo na plataforma on line da DEF, os dois iemenitas declararam que o motivo da sua vinda ao país seria o gozo de férias, mas, assim que chegaram, confrontados no balcão da DEF sobre os motivos da viagem, disseram vir a convite de um jornal marroquino para efeitos de trabalho, prestando assim declarações contraditórias às autoridades;

Segundo a PN, um deles chegou a Cabo Verde no mês de fevereiro, tendo-lhe sido recusado a entrada já nessa altura por não preencher as condições legais de admissibilidade. Já sobre o denunciante, que não é marroquino e sim tem a nacionalidade egípcia, pontua que entrou no país no passado dia 07 de janeiro, tendo declarado ser jornalista e que vinha a Cabo Verde fazer fotos para um documentário e que deveria regressar no dia 20 de janeiro.

Informa ainda a PN que o Iémen integra a lista dos países considerados de elevado risco, tendo em conta que atravessa um período de forte instabilidade política e social, e tem sido objeto de várias sanções por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas ao longo dos últimos anos. Apesar disso, a PN repudia as acusações de racismo, afirmando que Cabo Verde é um país plural, inclusivo, que acolhe todos os que escolhem aqui viver ou visitar.

Fonte – PN // Ad: Redação Tiver

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