O comandante da Sessão da Polícia Marítima da Praia, Faustino Sanches, informou hoje que a busca por Fábio (Jú) Barreto ainda continua, passados quatro dias do ocorrido, apesar de desconhecerem a razão do seu desaparecimento.
Esta informação foi avançada hoje à imprensa, pelo comandante da Sessão da Polícia Marítima, segundo o qual tiveram conhecimento do desaparecimento de Fábio Barreto, por volta das 09:30, através de um dos ocupantes dos jet skis, que fazia parte de um grupo de sete colegas que tinha partido da praia da Gamboa, na cidade da Praia, em direcção ao Porto de Rincão, onde realizaram um convívio.
Conforme adiantou, a pessoa que prestou esta informação, à Polícia Marítima, relatou que, no regresso, o grupo voltou a aportar a Baía dos Infernos, onde verificaram que um dos colegas não constava no grupo, e de imediato entraram em contacto com ele via móvel e momentos depois reintegrou-se ao grupo.
“Depois de algum ‘briefing’, continuaram com a viagem, passando novamente pelo Porto da Cidade Velha, de onde partiram directamente para a cidade da Praia, e quando chegaram verificaram que um dos colegas, neste caso o Jú não fazia parte do grupo no momento”, fez saber, adiantando que por iniciativa própria, três dos colegas fizeram-se de novo ao mar em dois jet skis, à procura do colega.
Acrescentou que, de acordo com o relato, os três colegas deslocaram-se até as imediações da Cidade Velha, mas não encontraram o colega em falta, lembrando que já se fazia escuro, pelo que tiveram que regressar à terra e foi neste momento que um dos elementos entrou em contacto com a Polícia Marítima, que de imediato fez as diligências para proceder à busca.
“Utilizamos a própria pessoa que entrou em contacto connosco para nos indicar o percurso que tinham feito para podermos fazer a busca e o pessoal fez todo aquele percurso e mesmo com a escuridão e o mar um pouco alto, a equipa manteve a busca até por volta das 01:00 de domingo”, informou.
Prosseguiu, dizendo que, no dia 19, logo pelas 06:00 reiniciaram a busca, tendo contado com apoio de algumas pessoas que colocaram à disposição os seus jet skis.
Estas pessoas, em parceria com a Polícia Marítima voltaram a fazer o mesmo percurso do dia anterior e foram até mais além, atingindo a região de Fogo e Brava, no intuito de encontrarem o jovem desaparecido, disse a mesma fonte, realçando que os amigos e familiares também fizeram a busca em terra.
“Ontem ainda continuamos com a busca e com ajuda de uma aeronave de um privado, que se disponibilizou em apoiar neste processo”, fez saber.
Faustino Sanches considerou ainda que o grupo teve um comportamento de risco, uma vez que ultrapassaram a linha permitida que é até uma milha náutica, não sendo também permitido navegar antes ou depois do pôr-de-sol, algo que aconteceu no regresso e de forma disperso.
Aquele comandante adiantou, por outro lado, que nestes casos pode-se aventar vários cenários que poderão estar na base deste desaparecimento, incluindo comportamento de risco.
Ele admitiu que ainda desconhecem o que poderá estar na base deste ocorrido, porém garantiu que vão continuar com a busca até onde for necessário, apontando que todas as démarches se encontram sobre a custódia do Ministério Público.
O responsável pela Polícia Marítima na Praia disse ainda que os jet skis estão sobre a custódia da Polícia Marítima e por não haver nenhum indício contra os ocupantes, os mesmos encontram-se livre, mas identificados pela Polícia Marítima.
Lembrou que o jovem que se encontra desaparecido sabia nadar e também era mecânico e com alguma experiência na navegação deste tipo de embarcação.
Fonte: Inforpress // Ad: Redaçao Tiver