Entre ameaças de uma guerra generalizada no Líbano, com o conflito entre Israel e o Hezbollah a agudizar-se, os países europeus estão a retirar os cidadãos do país. Portugal anunciou um plano para retirar 20 cidadãos portugueses que estão neste país do Médio Oriente e desaconselha qualquer viagem para a região. Os recentes ataques israelitas já fizeram mais de 700 mortos no Líbano.
O primeiro-ministro Luís Montenegro confirmou que Portugal tem um dispositivo pronto para o repatriamento de portugueses que se encontrem no Líbano. Montenegro, que está na Assembleia-Geral das Nações Unidas em Nova Iorque juntamente com o ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Rangel, disse que a aplicação do plano de retirada iria depender da evolução da situação e da coordenação com os parceiros internacionais.
Mas não são só os cidadãos estrangeiros que estão a ser retirados do Líbano, alguns países estão a colaborar na retirada de cidadãos libaneses. Chipre anunciou que vai facilitar chegada de cidadãos libaneses que procuram proteção. A questão foi discutida numa reunião entre o presidente cipriota e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Chipre foi descrito como “um pilar de estabilidade” pelo primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, num encontro com o presidente cipriota, Nikos Christodoulides.
Também o primeiro-ministro da Grécia, Kiriakos Mitsotakis, falou com o homólogo libanês e manifestou apoio a um cessar-fogo imediato de 21 dias proposto pelos aliados norte-americanos e europeus.
Vários cidadãos libaneses chegaram a Atenas num voo proveniente de Beirute e descrevem a situação no país.
“Israel continua a atacar-nos e ninguém nos apoia”, diz um homem. “Especialmente no sul do Líbano, as pessoas estão a abandonar as suas casas. Há muitos mortos lá”, conta outro cidadão libanês.
Uma jovem recém-chegada à Grécia conta: “Estava com muito medo de conduzir até ao aeroporto porque fica no sul do Líbano e estão a bombardear lá. Graças a Deus, não tive problemas no caminho e graças a Deus não atacaram o aeroporto. Estou feliz”.
Os governos europeus estão a pedir aos seus cidadãos no Líbano que abandonem imediatamente o país devido à escalada das hostilidades, que não mostram sinais de abrandamento.
Fonte: Euronews