Conseguir poupanças de quem tem liquidez é dos maiores ganhos da Bolsa de Valores de Cabo Verde nesses 25 anos. A afirmação é do presidente da Bolsa, Miguel Monteiro, para quem, conseguir que a diáspora Cabo-verdiana invista cada vez mais no país e a sustentabilidade, são dois dos maiores desafios.
Fazendo uma espécie de balanço das atividades desenvolvidas nos 25 anos, Miguel Monteiro, que está à frente da Bolsa desde abril de 2021, realçou o papel que a instituição teve na privatização de algumas empresas, apontando o facto de inúmeras empresas e municípios terem recorrido à bolsa para se financiarem.
Miguel Monteiro, acredita, no entanto, ser possível ter uma bolsa de valores a contribuir para uma economia real e explica.
Avançou que em Dezembro de 2022, a capitalização bolsista global atingiu cerca de 107 milhões de contos, o que representa cerca de 54,31 % do PIB de Cabo Verde projetado para o ano de 2022, 12 vezes superior ao registado há 25 anos.
Miguel Monteiro acrescentou que, enquanto sociedade anónima, o BVCV “tem apresentado resultados líquidos positivos há mais de 12 anos seguidos” e dispõe de um capital próprio de cerca de 150 mil contos, sendo o seu capital social de 50 mil contos, e tem pautado pelos “princípios basilares da transparência, boa governação e qualidade na prestação dos serviços”.
Redação Tiver