O presidente da Liga guineense dos direitos humanos, Augusto Mário Silva alega que o radicalismo tem vindo a ganhar terreno no país, na área política e religiosa e pede uma intervenção para por cobro a esse mal.
“Há manifestação de alguma forma de extremismo na Guiné-Bissau. Temos assistido a discursos de ódio a vários níveis, tanto ao nível da classe política, como ao nível da própria sociedade”, começou por referir o jurista guineense.
Depois, o ativista social referiu que este tipo de discurso extremista também é observado nas redes sociais.
“Nas redes sociais, ouvimos declarações muito preocupantes de radicalismo, de extremismo e de disseminação de ódio. É preciso de facto fazer alguma coisa para estancar esta práctica que tem estado a pôr em causa a coesão nacional”, acrescentou.
Augusto Mário Silva exemplificou que este radicalismo se pode observar tanto na relação entre as pessoas, como também nas áreas religiosas e política.
“Quando falamos extremismo e o radicalismo falamos de disseminação de discurso de ódio, tanto na relação entre os cidadãos, como na classe política, e na relação de pessoas de confissões religiosas diferentes”, disse, referindo também que têm assistido a essas manifestações que supõe estar “ainda numa fase embrionária”, acrescentando que “a intervenção preventiva” poderá mitigar os seus efeitos, de modo a que não se chegue a uma fase violenta.
Fonte: RFI