Segundo a Representante da FAO em Cabo Verde, o fundo verde do clima tem projetos orçados em cerca de 9 mil contos, e para ter acesso a esse financiamento é importante definir a centralidade do projeto. Ana Laura Touza, falava na abertura do Comité de Pilotagem Conjunto dos Projetos de Preparação (Readiness), para reforçar as capacidades de Cabo Verde da governança do sector do clima.
Em abril de 2022, Cabo Verde lançou o seu primeiro projeto Readiness financiado pelo Fundo Verde para o Clima (GCF), o projeto “Reforçar as capacidades de Cabo Verde na abordagem dos efeitos das alterações climáticas em setores-chave da Economia Azul” para apoiar o Governo a integrar totalmente as questões climáticas na Economia Azul. Conforme a representante da FAO em Cabo Verde, estão a discutir em conjunto com a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e o Ministério das Finanças, a evolução do projeto.
Tendo em conta que as alterações climáticas têm impactado na vida e na economia do país, de acordo com Ana Touza, são uma prioridade para todos os países definirem claramente uma agenda que possa ter o maior impacto, é uma área chave que construi desenvolvimento, e o encontro é sobretudo estabelecer as prioridades para o financiamento.
No que toca ao projeto, ‘’Suporte para o programa País e Planeamento para Turismo Sustentável em Cabo Verde’’, o ministro do Turismo e Transporte realça a importância do sector do turismo, referindo que o governo continuará a trabalhar pelas fortes potencialidades e pela diversidade das ilhas, contudo estando ciente de que alterações climáticas poderão ser o grande inimigo para o desenvolvimento do turismo e da economia.
Carlos Santos revelou durante a sua intervenção que Cabo Verde, tem um programa em parceria com o Reino de Espanha para as ilhas da Boavista e Sal, que irá se invocar num pacto de sustentabilidade, bem como outros conjuntos de medidas, a serem traçadas para um turismo sustentável. Segundo os dados apresentados, o país ocupa apenas o 79º lugar na “pontuação de preparação para as alterações climáticas”, que é inferior aos seus pares aspiracionais, incluindo as Seycheles, Maurícias e Santa Lúcia. No que diz respeito ao impacto das alterações climáticas nas pescas, o Índice de Perigo de Cabo Verde é 78 numa escala que vai até 100.
Redação Tiver