A onda de protestos que se seguiu à detenção de Pedro Castillo já provocou oito mortes no Peru e levou o ministério da Defesa a declarar Estado de Emergência na totalidade do território durante 30 dias.
Os manifestantes exigem a libertação do antigo Presidente, detido na semana passada depois de ter dissolvido o Congresso para evitar ser destituído por uma moção de censura e acusado de rebelião e conspiração.
A violência, no entanto, não tem sensibilizado a justiça peruana e o Ministério Público pediu dezoito meses de prisão preventiva para o antigo chefe de Estado. Pedro Castillo já solicitou a intervenção da Comissão Interamericana de Direitos Humanos para acabar com as humilhações e maus tratos.
Já a sua sucessora no cargo, Dina Boluarte, tem insistido na via do diálogo e condenou a violência que já se fez sentir em vários pontos no país. Para já, parece ceder a uma das reivindicações dos manifestantes, a marcação de eleições antecipadas, e apresentou um projeto de lei para realizar as presidenciais e legislativas em abril de 2024, admitindo mesmo realizar o escrutínio ainda em 2023.
Fonte: Euronews