O analista e professor universitário, Daniel Medina, considerou a situação social em Cabo Verde em 2024 como preocupante, segundo o mesmo, não houve crescimento em lado nenhum, não houve desenvolvimento assinalável, o que demonstra que há alguma preocupação da parte social, dos eleitores, e de todos os agentes, que primam pelo desenvolvimento de Cabo Verde. O analista constata ainda que a componente social não tem peso. Daniel Medina afirma que as expetativas para 2025 é apostar mais na educação e em produzir alguma coisa.
Para o analista e professor universitário, fazer uma avaliação de todos os aspectos, ligados a sociedade é sempre transversal, visto que que remete a questões económicos, culturais, políticas entre outras. Para Daniel Medina, fazer uma análise sintética desta natureza, não é fácil, o mesmo faz uma observação preocupante.
Considera mais uma vez preocupante o caminho que Cabo Verde, está a seguir sem estar a falar do partido A ou do partido B, Medina avança que todos são responsáveis por este caminho que está a ser trilhado, e nos estão a conduzir para. Se há algo que indica que estamos no bom caminho, ele afirma que não viu.
A situação do desemprego em Cabo Verde continua gritante, o país ainda está a depender dos apoios dos amigos, das ONGS, dos países que ajuda o arquipélago todos os anos, a União Europeia que dá um quinhão bastante grande que ajuda no desenvolvimento e ao orçamento de estado. E a ajuda dos emigrantes, salvo não houver nenhum problema económico-financeiro nos países onde estão.
Em cabo Verde não existe oportunidade de investimentos, a não ser algumas pessoas que estão muito ricas, este factor, leva as pessoas a irem para o outro país onde existe a estabilidade em termos financeiros, para investirem. Cada vez mais deparando-se com a saída desenfreada dos jovens, restando apenas a população velha, para Daniel Medina os líderes não estão a pensar bem, e nem a traçar os horizontes, a não ser pensar nas eleições.
As tendências criminais continuaram iguais inclusive, a corrupção encapotada. Nota-se que a violência diminuiu sensivelmente, mas em algumas artérias das cidades o problema da violência não é isolado. A violência tem que a ver com a formação, a educação em casa e o exemplo dos governantes ou pessoas de referencia, mesmo quando crianças temos referências. Neste momento em Cabo Verde não tem muitas referencias.
Daniel Medina afirma que em Cabo Verde a segurança é cada vez mais precária, mesmo investindo na parte de policiamento, mas isso não traz aos cabo verdianos aquela perceção de segurança e conforto de que podem sair á noite ou deixar as portas abertas em qualquer momento, para poder cumprimentar o vizinho.
Os feminicídios e a violência de género também estão ligados com a boa ou a má educação, para o professor universitário a forma como os pais educam os filhos, e veem a relação entre os cônjuges, é dramático, as pessoas gritam umas com as outras dentro de casa, agridem-se verbalmente e fisicamente criando medo nos filhos.
No que tange a violência contra menores, Daniel Medina frisa que é um problema comportamental. A falta de educação faz com os jovens passem para o outro lado da estrada.
Reforçar a área da educação é a principal expetativa apontada pelo analista e professor universitário. Os professores das crianças devem ter mais formações, como acontece em outros países nomeadamente a Dinamarca, Finlândia, Islândia entre outros.
O analista apela para menos festividades no país, sacrificar um pouco mais, trabalhar mais e só depois pensar em festas. Os Governos, as câmaras, igrejas, e a sociedade civil, devem investir mais. Os governos deviam ter melhores conselheiros, colocar pessoas com mais experiência em determinadas áreas. Daniel Medina aposta a sua confiança aos futuros líderes, os jovens para trabalharem o seu interior e lutar para o bem da sociedade.
Não vê nenhuma expetativa boa para o ano de 2025, contudo almeja uma sociedade mais resiliente.
Redação Tiver