O diretor das Aldeias Infantis SOS de Assomada, concelho de Santa Catarina, Pedro Andrade, revelou hoje que os maiores desafios da instituição passam pelo sonho da reunificação familiar e questões de sustentabilidade. A declaração foi feita no âmbito das comemorações dos 39 anos de existência da instituição.
Pedro Andrade, diretor da instituição há nove anos, disse que o principal desafio é ver cada criança de volta ao seio da sua família, com foco na reunificação familiar, mas este, conforme evidenciou é um sonho almejado, mas que não tem sido concretizado ao longo dos anos mesmo com as diversas tentativas, indicou ainda a questão da sustentabilidade como um outro desafio da instituição.
Conforme explicou, este projeto possui um custo elevado, realçando que cada criança é uma criança, que há crianças que necessitam de cuidados especiais e que muitas vezes é preciso recorrer aos parceiros ou também pagar para que estas crianças possam ter um atendimento de qualidade.
Sobre o funcionamento, informou que as Aldeias SOS têm neste momento cerca de 52 a 60 crianças/adolescentes, divididos entre a Aldeia, Casa Familiar no Tarrafal e o Lar Juvenil em Assomada. Estas crianças, estão sob o cuidado de onze mães, sendo 10 em Assomada e uma na Casa Comunidade no Tarrafal, dois monitores para a casa juvenil e seis tias que auxiliam as mães.
Relativamente a preocupações com os internos avançou que a preocupação é a mesma de toda a sociedade, ou seja, a questão da delinquência juvenil, realçando que na Aldeia não se encontram livres de situações do tipo, justificando que cada criança é uma criança, oriundos de sítios diferentes, cada um com um perfil diferente.
Para finalizar, pede a cada mãe e cada pai que cuide bem dos filhos, realçando que nas Aldeias SOS há profissionais que se posicionem como pais e mães, mas nunca ocupam o espaço dos pais biológicos, reforçando que a maior satisfação e felicidade destes funcionários é ver as crianças bem no seio das suas próprias famílias.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver