O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou no sábado planos para a instalação de armas nucleares táticas na vizinha Bielorrússia, um aviso para o ocidente que intensifica o apoio militar à Ucrânia.
Putin argumentou que, ao utilizar as suas armas nucleares táticas na Bielorrússia, a Rússia estará a seguir o exemplo dos Estados Unidos, que têm armas nucleares baseadas na Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda e Turquia.
“Estamos a fazer o que eles têm vindo a fazer há décadas, estacionando-as em certos países aliados, preparando as plataformas de lançamento e treinando as suas tripulações. Vamos fazer a mesma coisa”, disse Putin, numa entrevista na televisão estatal que foi transmitida no sábado à noite.
O presidente russo não disse quantas armas nucleares a Rússia iria manter na Bielorrússia. O governo norte-americano acredita que a Rússia tem cerca de 2.000 armas nucleares táticas, que incluem bombas que podem ser transportadas por aviões táticos, ogivas para mísseis de curto alcance e munições de artilharia.
Washington não vê razões para mudar de estratégia. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, afirmou: “Não vemos qualquer razão para ajustar a nossa própria postura nuclear estratégica nem quaisquer indicações de que a Rússia se esteja a preparar para utilizar uma arma nuclear. Continuamos empenhados na defesa coletiva da aliança da NATO”.
As armas nucleares táticas destinam-se a ser utilizadas no campo de batalha e têm um curto alcance e um baixo rendimento em comparação com ogivas nucleares muito mais potentes equipadas com mísseis de longo alcance.
Fonte: Euronews