SAL: ESTUDANTE DO LICEU OLAVO MONIZ AGREDIDO COM GARRAFA LEVA 14 PONTOS

Um estudante do Liceu Olavo Moniz em Espargos, Sal, ficou ferido após ter sido alegadamente agredido com uma garrafa de vidro no interior da escola, tendo sido suturado com 14 pontos no braço, pescoço e na cabeça.

À semelhança das várias outras ocorrências registradas na Escola Básica e Secundária Olavo Moniz (EBSOM), a agressão aconteceu no período da tarde, por volta das 15h45, durante o intervalo.

Conforme explicou o estudante agredido, que frequenta o 8º ano, a agressão aconteceu na entrada da cantina, quando sentiu os três agressores à sua volta desferindo-lhe golpes de garrafa e cabeçada.

Segundo um testemunho da vítima, os agressores não frequentam mais o liceu, mas todos trajavam o uniforme de Educação Física e no momento da briga não havia por perto nenhum segurança da escola, tendo restado a alternativa de se esconder dentro da sala da direção.

A mãe do estudante, que no momento se encontrava a trabalhar em Santa Maria, diz ter ficado em pânico. Elisabete Gomes conta que não é a primeira vez que o filho é agredido, e por temer o pior pede mais segurança na escola.

“Quando fui avisada estava a trabalhar e logo pensei no pior porque normalmente os agressores vão com catana, faca e como só disseram que o meu filho foi agredido e que se encontrava no hospital fiquei desesperada”, conta.

“Logo que cheguei a Espargos fui para o hospital, mas já lhe tinham dado alta e assim que chegamos a casa chegou um carro da polícia para nos levar para a esquadra para formalizar a queixa e agora estamos a esperar para que o caso seja levado ao tribunal”, continuou.

Enquanto mãe e encarregada de educação Elisabete Gomes diz que agora a “agonia” é esperar que os filhos cheguem salvos a casa.

“Se esta situação continuar, a solução é tirar o meu filho da escola porque não é a primeira vez que acontece esta situação de violência com o meu filho, mas também temos que pensar que há crianças muito mais pequenas no meio de tudo isso e que são obrigadas a conviver com esta situação”, criticou.

Conforme a mesma fonte, o principal agressor, um jovem de 16 anos, foi detido pela polícia, tendo sido presente hoje ao tribunal.

Confrontada com mais esta ocorrência e questionada sobre as medidas de reforço de segurança anteriormente anunciadas, a delegada de Educação, Márcia Pinto, diz que a escola tem estado a trabalhar junto com os parceiros, mas que o “processo leva o seu tempo”.

“Infelizmente, ontem voltou a acontecer mais um episódio de violência no recinto da escola, mas só para referir que a nossa anterior intervenção foi no sentido de fazer um ponto de situação em relação à escola e dizer que os acontecimentos têm a ver com actos externos à escola, ou seja, são pessoas que invadem a escola e agridem alunos”, explicou.

“Nós anunciamos algumas medidas em relação à escola e são medidas que vão acontecendo de forma interna, com um plano articulado entre a escola, a policia nacional, polícia judiciária e o poder público e realmente temos colocado estes planos em prática e é um processo que claramente não vai terminar da noite para o dia”, explicou a delegada do Ministério da educação.

A mesma fonte diz que a escola tem estado a procurar formas de colmatar esse aspecto de violência, lembrando que este é um problema social que está a desembocar na escola, mas que toca a comunidade como um todo.

A delegada também reforça a importância de as vítimas apresentarem sempre queixa, para que a justiça possa actuar.

Fonte: Balai // Ad: Redação Tiver

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