SÃO VICENTE: MÃES REJEITAM INFECÇÃO GENERALIZADA COMO CAUSA DE MORTE DE BEBÉS

Mães de bebés que morreram no Serviço de Neonatologia do Hospital Baptista de Sousa rejeitam a tese de sepse neonatal tardia (infeção generalizada) como causa dos óbitos. Entretanto, prometem ir até ao fim para responsabilizar o hospital.

Telma Delgado, uma das progenitoras, disse que os resultados do inquérito que apontam infeção generalizada como causa da morte dos bebés não a convence.

Isto porque, explicou, havia bebés muito prematuros, mas havia outros com mais meses de gestação. No seu caso, explicou, o seu filho nasceu de 8 meses (35 semanas e seis dias) e “não tinha nenhum problema de saúde até o dia em que chegou ao hospital com dores na barriga” e em que foi induzido ao parto.

Segundo a mesma fonte, o problema do seu bebé é que a médica demorou de fazer a cesariana e o bebé nasceu sem respirar.

Na mesma linha, a mãe Joanilda Santos insurge-se contra os resultados do inquérito por entender que querem normalizar a morte dos bebés.

A mesma informou que as mães cujos bebés morreram no hospital já solicitaram um apoio da Associação para a Defesa do Consumidor (Adeco) porque querem seguir em frente e exigir responsabilidades.

Também, as mães Carolina Araújo e Rady Lima dizem que vão até ao fim para que o hospital seja responsabilizado porque, apesar de serem prematuros, os bebés nasceram sem problemas e só foram para a incubadora para ganhar peso.

O inquérito à morte dos seis recém-nascidos no Hospital Baptista de Sousa, em São Vicente, constatou que eram recém-nascidos prematuros e prematuros extremos e que morreram por causa de uma infeção generalizada, denominada “sepsis neonatal tardia”.

Segundo explicou a coordenadora da comissão de inquérito, Yolanda Landim, “sepsis neonatal tardia” é uma infeção generalizada em recém-nascidos prematuros após 72 horas de vida do bebé.

A comissão conclui que a assistência pré-natal foi cumprido, a qualidade e segurança da assistência durante o internamento do ponto de vista técnico e humano das mães e dos recém-nascidos foi “razoavelmente satisfatória”.

Fonte: inforpress // Ad: Redação Tiver

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