São já nove as vítimas mortais resultantes da queda do glaciar Marmolada, este domingo, nos Alpes italianos. Entre os cadáveres, cinco permanecem por identificar. Nos hospitais, estão a ser atualmente assistidos sete feridos.
As buscas, feitas até aqui com recurso a helicópteros e drones, passam, a partir de agora, a contar com uma equipa especializada e unidades caninas no terreno. Três pessoas, todas de nacionalidade italiana, continuam desaparecidas.
Logo na segunda-feira, Mario Draghi foi peremptório a identificar a origem da tragédia, Para o primeiro-ministro italiano o culpado são as alterações climáticas.
As autoridades excluem para já “previsibilidade, negligência ou imprudência” no desastre. Mas, no local testemunhas dão conta do mau estado em que se encontrava o glaciar.
Carlo Budel é guia de montanha e conta que “[o glaciar] estava em muito mau estado, em junho já não havia neve” e recorda o passado recente para comparar. “No ano passado, quando me mudei para a cabana, a 1 de junho, demorei meio dia para a entrar, porque a cabana estava toda coberta de neve, mas este ano demorei apenas 30 minutos a abrir a porta”.
O Departamento de Investigação Científica (RIS) de Parma está agora encarregado de investigar o material genético retirado dos restos mortais das vítimas.
Ainda antes do dia de luto em toda a comunidade do Val di Fassa, marcado para este sábado, outro alpinista perdeu a vida esta quarta-feira, ao cair de 400 metros de altitude nos Alpes italianos.
Fonte: Euronews