UNESCO ALERTA QUE ATÉ 2050 OS GLACIARES EM ÁFRICA PODEM DESAPARECER

Relatório da UNESCO dá conta do provável desaparecimento de pelo menos um terço dos glaciares no Mundo até 2050, incluindo os glaciares em África na República Democrática do Congo, Uganda ou Tanzania, onde se situa o emblemático Monte de Kilimanjaro.

Este é o estudo mais completo sobre o futuro dos glaciares, segundo Tales Carvalho Resende, chefe de projeto do Património Mundial da UNESCO, disse em entrevista à RFI.

Os glaciares são importantes fontes de água e servem para medir o futuro das alteraçoes climáticas em várias partes do mundo, com muitos destes enormes blocos de gelo a figurarem entre os sítios do Património Mundial da UNESCO. No relatório “Patrímónio Mundial dos glaciares: sentinelas das alterações climáticas”, esta organização vem alertar que caso não se consiga limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC, muitos dos glaciares podem desaparecer, especialmente os mais pequenos, que se situam em África.

“Este é o relatório mais completo da situação actual dos glaciares no Património Mundial. Eles representam cerca de 10% de todos os glaciares que já foram identificados no Mundo, aí vemos a sua importância. […] Entre eles temos os últimos glaciares em África, muitos deles que até 2050 vão desaparecer”, afirmou Tales Carvalho Resende, chefe de projeto do Património Mundial da UNESCO, em entrevista à RFI.

Estes glaciares em África continuam a ser “muito importantes” para as comunidades locais, como explicou o especialista da UNESCO.

“O que podemos ver é que a perda dos glaciares é algo que está a acontecer a nível global e a uma velocidade acelerada, o relatório permitiu-nos ver que a perda de gelo se está a acelerar e isso é mais visível nos glaciares mais pequenos, como os glaciares africanos, mas também casos similares na Europa, como nos Pirinéus que também podem desaparecer até 2050 e o relatório permitiu-nos ver que um terço desses glaciares podem desaparecer até 2050 e esses número podem ir até 50% em 2100”, disse Tales Carvalho Resende.

Fonte: Rfi 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *