O PAICV considerou que a visita de três dias à ilha do Fogo do primeiro-ministro e dos membros do Governo serviu para desferir um “rude golpe” nos sonhos dos foguenses. Esta garantia foi dada pelo Presidente da Comissão Política Regional do PAICV, Luís Nunes.
Em conferência de imprensa, o presidente da Comissão Política Regional do PAICV, Luís Nunes, disse que ao contrário do que fora prometido nas campanhas eleitorais, o Governo anunciou que algumas infraestruturas económicas vitais para o desenvolvimento da ilha não fazem parte dos projetos a concretizar durante esta legislatura. São elas a extensão da pista do aeródromo de São Filipe, conclusão do anel rodoviário, modernização do porto de Vale dos Cavaleiros, construção de um porto de pesca nos Mosteiros e de um centro de saúde de primeiro nível, devidamente equipado e provido de recursos humanos qualificados.
Segundo o mesmo, o Governo anunciou com “pompa e circunstância” a realização de um Conselho de Ministros descentralizado e de uma conferência sobre o desenvolvimento da ilha, factos que geraram uma “enorme esperança e expectativa” nos diferentes sectores da sociedade foguense, sublinhando que para desânimo e desilusão dos foguenses, a conferência sobre o desenvolvimento não passou de um “monólogo e propaganda do Governo e uma tentativa vazia de esconder o falhanço total deste governo para com a ilha”.
Para este político, o ritmo das obras de requalificação do centro histórico da cidade de São Filipe é um exemplo paradigmático, já que após dois anos e meio do prazo inicialmente previsto para a sua conclusão, foram inauguradas às pressas e ainda inacabadas apenas um quilômetro e meio dos mais de seis anunciados.
Outra questão analisada na conferência de imprensa foi os sucessivos apagões que têm causado prejuízos enormes aos operadores económicos da ilha, questionando se o Governo irá compensá-los pelos prejuízos acumulados e resultante dos sucessivos cortes de energias.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver