O Zimbabué apelou às Nações Unidas, agências de ajuda e indivíduos na quarta-feira por 2 mil milhões de dólares para evitar a insegurança alimentar causada por uma seca induzida pelo El Niño.
Na State House em Harare, o Presidente Emmerson Mnangagwa declarou estado de calamidade a nível nacional. Ele disse aos jornalistas que o Zimbabué espera uma colheita de 868 mil toneladas métricas de cereais este ano – muito abaixo das expectativas e cerca de 680 mil toneladas a menos do que o país necessita.
“A avaliação preliminar mostra que o Zimbabué necessita de mais de 2 mil milhões de dólares para várias intervenções que prevemos no espectro da nossa resposta nacional”, disse ele.
O Zimbabué não está sozinho. O Malawi e a Zâmbia declararam estado de calamidade no início deste ano devido à seca.
Edward Kallon, residente da ONU e coordenador humanitário no Zimbabué, disse que o organismo mundial está a monitorizar o grave impacto do período de seca em curso na África Austral. Ele disse que a crise tem consequências de longo alcance em vários sectores, incluindo segurança alimentar e nutricional, saúde, recursos hídricos, educação e emprego.
Até agora, disse Kallon, a ONU atribuiu 5 milhões de dólares do Fundo Central de Resposta a Emergências para necessidades como água, higiene, saneamento, alimentação e resposta médica a um surto de cólera.
“A ONU promete o seu apoio ao governo do Zimbabué na mobilização de recursos para enfrentar a seca induzida pelo El Niño”, disse ele. “Estão em andamento esforços para finalizar um plano de resposta.”
Paul Zakariya, director executivo do Sindicato dos Agricultores do Zimbabué, disse que embora nada possa ser feito para travar os efeitos das alterações climáticas, a agricultura de irrigação é um dos métodos que pode ser usado para mitigar a calamidade.
Fonte: VOA