2023 FOI UM ANO FALHADO EM TERMOS DE ASSOCIATIVISMO – RACMS

O membro da Rede de Apoio das associações comunitárias avaliou 2023 como um ano “falhado” em termos de associativismo. Bernardino Gonçalves, justifica que não se conseguiu resolver os cinco maiores problemas das associações, nomeadamente prestação de contas e eleições de forma regular.

Esta avaliação foi feita pelo membro da Rede das Associações Comunitárias e Movimentos Sociais da Praia (RACMS), em declarações à Inforpress para balanço do ano anterior e perspectivas para 2024.

“Foi um ano falhado porque não conseguimos resolver os cinco maiores problemas de associativismo. Primeiro, as associações na grande maioria não prestam conta de forma regular e de forma compreensível à luz de procedimentos básicos contabilísticos no país, segundo, não há eleições regulares e democráticas de acordo com os próprios estatutos”, apontou.

Estes fatores, segundo o responsável, fazem com que muitas vezes os associados não conheçam as leis do associativismo, têm dificuldades de liderança, limitada capacidade de trabalho colaborativo, e também de condições das suas visões e uma cultura com foco no resultado.

“Um outro ponto que constatamos é que parece haver um certo desencanto e resfriamento de associativismo em Cabo Verde, por exemplo, vendo para a rede das associações, ou para exemplos maiores como a Plataforma das ONG, que aparecem mais e são tidas como referência. Não cumprem a prestação de contas, de eleições, e há casos de associações que existem há muitos anos, mas que mantêm o mesmo presidente”, frisou.

Defendeu que este ano precisam encontrar forças para trabalhar estes aspectos, fazendo com que o associativismo floresça, e assim, contribuir para uma sociedade civil mais forte, mais capacitada e, aí sim, estarem em condições de contribuir para diminuir a extrema pobreza em Cabo Verde.

A RACMS afirma-se como um espaço de articulação e reflexão com participação de mais de 40 associações e colectivos na Cidade da Praia, tendo como principal objectivo a construção colaborativa de uma agenda comum voltada para a emancipação.

Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver

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