pelo menos 83 ficaram feridosdepois de as forças israelitas terem disparado sobre um ajuntamento de civis queaguardavam a distribuição de comida junto à rotunda do Kuwait na cidade de Gaza.
É o segundo ataque do género na mesma cidade em duas semanas. No final do mês passado, pelo menos 100 palestinianos morreram e 760 ficaram feridos no oeste da cidade de Gaza, depois de uma multidão que aguardava a distribuição de comida ter fugido de ataques israelitas com tanques e drones.
O ataque junto à rotunda do Kuwait na cidade de Gaza aconteceu horas após Israel ter bombardeado um centro de distribuição de alimentos das Nações Unidas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, matando pelo menos cinco pessoas, incluindo um membro da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA).
O diretor da agência escreveu na rede social X que se trata de um dos poucos centros de distribução de comida que ainda restam na Faixa de Gaza, onde já estão registadas dezenas de mortes por subnutrição.
Os Estados Unidos sublinharam que Israel tem de garantir a segurança dos trabalhadores humanitários. Este último ataque israelita a uma instalação da UNRWA em Rafah já foi condenado pelo porta-voz do Secretário-Geral da ONU.
Israel planeia expulsar os palestinianos de Rafah antes da ofensiva prevista
As forças armadas israelitas afirmaram que tencionam transferir cerca de 1,4 milhões de civis palestinianos de Rafah para “ilhas humanitárias” no centro de Gaza, antes de lançarem uma invasão terrestre.
Na sequência da retirada das tropas israelitas do complexo residencial Hamad, financiado pelo Qatar, em Khan Younis, na quarta-feira, a zona ficou num estado de total devastação.
À medida que a poeira assenta, os residentes do complexo são confrontados com a triste realidade de verem as suas casas reduzidas a escombros.
“Disseram-me que Israel se retirou hoje da cidade. Corri para trazer comida e água para os meus filhos, para os alimentar”, disse uma mãe em desespero.
Cerca de 80% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados durante a guerra, mais de metade deles estão concentrados no extremo sul do enclave, ao redor da cidade de Rafah.
Muitos vivem em tendas e escolas que foram transformadas em abrigos.
Pelo menos 31.200 palestinianos foram mortos e 73.000 ficaram feridos nos ataques israelitas a Gaza desde 7 de outubro.
Fonte: Euronews