Nos distritos de Luabo e Chinde, na província da Zambézia, em Moçambique, as estradas estão cortadas e os barcos não circulam, devido à enchente do rio Zambeze. Ciclone tropical Freddy fez 165 mortos em Moçambique.
Mais de nove mil pessoas estão isoladas e sem assistência humanitária nos distritos de Luabo e Chinde, na província da Zambézia, centro de Moçambique, na sequência do ciclone tropical Freddy, disseram esta quarta-feira (05.04) as autoridades.
O delgado do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) na província da Zambézia, Hélder da Costa, disse à emissora pública Rádio Moçambique que a ajuda alimentar não consegue alcançar as comunidades dos distritos de Luabo e de Chinde.
As estradas estão cortadas e os barcos não circulam, devido à enchente do rio Zambeze, explicou Costa.
O Freddy é já um dos ciclones de maior duração e trajetória nas últimas décadas, tendo viajado mais de 10.000 quilómetros desde que se formou ao largo do norte da Austrália em 04 de fevereiro e atravessou todo o oceano Índico até à África Austral.
Atingiu pela primeira vez a costa oriental de Madagáscar em 21 de fevereiro e regressou à ilha em 05 de março, onde deixou um rasto de 17 mortos e 300.000 pessoas afetadas.
Em Moçambique, o ciclone teve o seu primeiro impacto em 24 de fevereiro e voltou a tocar terra em meados de março, tendo provocado pelo menos 165 mortos, segundo o balanço oficial.
O temporal matou um total de 605 pessoas no Maláui, Moçambique e Madagáscar.
Fonte: DW