A subida de preços dos bilhetes que dão acesso às bancadas para ver o Carnaval, na Rua de Lisboa, deixou descontentes alguns sanvicentinos. Estes também reclamavam da mudança no horário do desfile oficial para as 18:30 de terça-feira.
De acordo com as informações disponibilizadas pela Liga Independente dos Grupos Oficiais do Carnaval do Mindelo, os bilhetes serão vendidos no Centro de Estágio do Mindelo das 08:00 às 18:00 e cada pessoa só poderá comprar o máximo de duas pulseiras para cada dia.
Mas, o que tem gerado insatisfação é o facto de os bilhetes para a Rua de Lisboa estarem mais caros, este ano, do que o Carnaval anterior. Se na Rua Machado o preço está mil escudos para assistir ao desfile do Samba Tropical e 1.500 para o desfile oficial, na Rua de Lisboa, as pessoas deverão pagar 1.500 escudos para o desfile do Samba Tropical e para o desfile oficial, de terça-feira, devem desembolsar 2.000 escudos.
Em declarações à imprensa, a canalizadora Danizia Sousa, disse que não concorda com essa subida de preços, principalmente nesta época de crise, embora reconheça que essa rua foi sempre um lugar bastante disputado.
Para o jovem Elton Tavares as mudanças no Carnaval mindelense estão a transformar a festa numa “autêntica cópia do Brasil, excluindo quem consegue de quem não consegue pagar”.
Mesma opinião tem a professora aposentada Maria da Luz, que afirmou que este ano vai ficar em casa, porque além do preço exagerado, o horário do desfile não favorece devido ao clima frio que se faz sentir nas noites de Fevereiro.
Também a técnica de contabilidade Elenise Pires acredita que pagar 2.000 escudos “é um pouco puxado” em relação ao momento em que se vive, com aumento de preços.
Mas, defendeu, para quem pode pagar “é bom” porque pode-se ver o carnaval em “segurança e com conforto e com mais concentração”.
Além da subida de preço do bilhete na Rua de Lisboa, a Ligoc-SV informou que “as bancadas não dispõem de acesso para pessoas de mobilidade reduzida – ou cadeirantes, no entanto haverá zonas especiais ao longo do percurso”.
Fonte: Expresso das Ilhas // Ad: Redação Tiver