AMBIENTALISTA DEFENDE EQUILÍBRIO ENTRE DESCARBONIZAÇÃO E PROTEÇÃO DOS ECOSSISTEMAS

O presidente da organização ambiental Biosfera Cabo Verde aconselhou as autoridades cabo-verdianas a terem ponderação na escolha de investimento, tanto na descarbonização, como na proteccção dos ecossistemas, que está a ser deixados de lado. Tommy Melo fez esta consideraçã, a propósito da saída dos Estados Unidos da América do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e dos possíveis impactos para Cabo Verde.

A mesma fonte começou por lembrar que os EUA, ao saírem, levam também consigo os seus 300 mil milhões de dólares que mundialmente deveriam ser utilizados, por exemplo, na criação de tecnologias para energias limpas e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Uma decisão nada boa para Cabo Verde, que, assim como outros países, “leva por tabela” com este certo “retrocesso” na diminuição da poluição e no combate às consequências climáticas.

Entretanto, Tommy Mello ressaltou que este poderá ser só a ponta do `iceberg´, se quando se efectivar a saída houver um efeito dominó, com outros países a seguirem o exemplo dos EUA.

Neste sentido, pediu ponderação das autoridades cabo-verdianas que, a seu ver, estão a apostar muito na descarbonização e na transformação em país 100% com energias limpas, “quando não se sabe até que ponto isto vai ter impacto a nível mundial, uma vez que o país se situa nos menos poluidores”.

Por outro lado, acrescentou a mesma fonte, está-se a descurar o investimento na preservação dos seus ecossistemas, que se situam entre os dez primeiros no mundo.

Tommy Melo aconselha que seja feita uma análise, porque o combate às mudanças climáticas também requer um ecossistema resiliente.

Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver 

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