Segundo os resultados da autópsia, o recruta Davidson Barros morreu por causa de Edema Agudo Pulmonar que tem como causa básica obesidade. A informação é partilhada pelo Chefe Maior das forças armadas em uma conferência de imprensa realizada hoje.
O Chefe Maior das Forças Armadas, António Duarte Monteiro começou por expressar condolências à família de Davidson Barros pela perda. Salientou que o Estado Maior abriu um inquérito para apurar as causas que contribuíram na morte do recruta.
O médico e cardiologista das forças armadas, Fernando Tavares explicou que a disfunção do ventrículo esquerdo acontece quando o coração para de cumprir o seu papel de bomba, o que causa a acumulação de líquido nos pulmões ou membros inferiores. Sublinhou que a patologia que o recruta não foi constatado na inspeção, nem nas entrevistas, nos testes físicos e pelo individuo.
Fernando Tavares destacou que Davidson Barros tinha o nível um de obesidade e que esta classificação não o torna inapto de prestar serviço militar, apenas os que têm nível três e quatro estão isentos do serviço militar. Salientou que nos casos de nível um de obesidade é recomendado atividade física e que quando o recruta teve mal-estar estava a participar de uma caminhada, o que demonstra que a atividade não teve relação com sua morte.
O Chefe Maior das forças Armadas revelou que as forças armadas têm trabalhado numa tabela de psicofísico e inaptidão que vai incluir a questão da obesidade, e outros ajustes em relação a outras patologias. Ressalvou que assim que o inquérito for concluído, as forças armadas vão comunicar os resultados.
Davidson da Silva Barros, de 20 anos de idade, natural da ilha do Fogo, desmaiou durante uma marcha administrativa da 1a Região Militar, em Morro Branco em São Vicente. Foi socorrido e levado às urgências do Hospital Baptista de Sousa mas acabou por falecer no dia 13 de Outubro.
Redação Tiver