A procura do café produzido na ilha do Fogo, continua alta, mas a qualidade da produção deste ano não atende ao padrão exigido, dificultando a satisfação das demandas. O responsável da empresa Fogo Coffee Spirit, Amarílio Baessa, explicou que a baixa qualidade do café de 2023 se deve, em parte, às condições naturais, incluindo temperaturas elevadas que prejudicaram parte das cerejas e deixaram outras verdes no mesmo cafeeiro.
Conforme, Amarílio Baessa a Fogo Coffee Spirit não adquiriu cerejas dos produtores para suprir a procura no mercado de exportação, já que o café disponível não atendia aos padrões de qualidade exigidos pelos clientes. O processo de secagem das cerejas e a colheita não seguiram as normas de qualidade estabelecidas pela empresa.
O responsável destacou que a colheita desorganizada é um problema e que seria importante o apoio do Governo, através do Ministério da Agricultura e Ambiente, para padronizar a colheita e fornecer orientação técnica aos produtores de café.
Embora a produção de 2023 tenha sido razoável em termos de quantidade, a qualidade não foi satisfatória. A empresa Fogo Coffee Spirit exportou recentemente uma tonelada de café para Portugal, mas a segunda encomenda para o mesmo cliente ainda não foi enviada devido a constrangimentos no fornecimento de energia que afetaram a produção, salientou Amarílio Baessa.
De acordo com o responsável, a falta de motivação dos produtores para adquirirem mudas de cafeeiros e investirem na produção de café é um outro problema. Os agricultores muitas vezes preferem o cultivo de outros produtos, como a abóbora, que possuem um ciclo de produção mais curto e têm preços semelhantes ao café.
Para incentivar os produtores a investirem no cultivo do café, o responsável da Fogo Coffee Spirit enfatizou a importância de apoio técnico, acompanhamento adequado e possíveis incentivos adicionais para aumentar a área de cultivo do café na região do Fogo.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver