A atriz e professora Patrícia Silva venceu pelo segundo ano consecutivo o Prémio Kakoi, na categoria individual, com uma performance impactante sobre a saúde mental. Já a nível dos prémios coletivos, foram distinguidos “Cadeia d’ Ribirinha” (1°), “Protegemos o nosso oceano, o ambiente e as tartarugas” (2°) e “Homem Cabral (3°).
Patrícia Silva voltou a utilizar o palco do Carnaval de São Vicente para passar uma mensagem importante, neste caso, sobre a necessidade de “Cuida d’bo saúde mental”. Este alerta chamou a atenção do público e mereceu uma distinção por parte do CNAD-Centro Nacional de Artesanato e Design como forma de reconhecimento e estímulo para reavivar o carnaval espontâneo, considerado um elemento diferenciador da festa do Rei Momo. “A saúde mental é uma questão com que me debato todos os dias.
Entendi que era um tema que precisa ser trabalhado. Foi uma espécie de inspiração que me deu. Ouvi a música ‘Gente Feliz’ de Vanessa Damata e deu-me um estalo. É isso que vou fazer. E tenho uma equipa por detrás, o ateliê Melanin, que me ajuda na confecção dos figurinos”.
Relativamente aos demais, o personagem “Político trabalhando”, por exemplo, denunciou a escravatura moderna e a recusa do político em aumentar o salário do povo, se pode subir o seu. Já os vencedores na categoria grupos, levaram uma réplica de uma cadeia para a cidade para explicar que “A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar”, enquanto o segundo lugar arrastou um bote de pesca, puxando uma rede carregada de garrafas de plástico e latas de cervejas.
O terceiro prémio coube ao grupo de Madeiralzim, que “ressuscitou” Amílcar Cabral. Para Pedro Faria, filho de pais cabo-verdianos e nascido em Portugal, Cabral é uma figura indissociável da história de Cabo Verde. “Sei da controvérsia sobre a celebração do seu centenário, mas só posso dizer, e com sinceridade, que Cabo Verde não seria possível sem Cabral!”
Fonte: Mindel Insiste // Ad: Redação Tiver