Cabo Verde registou desde 2021 até o momento, 31 casos de atentados à intimidade da vida privada, 8 casos de chantagem, 3 de gravações, fotografias e filmes ilícitos, e 16 de pornografia de vingança, totalizando 58 casos de violência digital. Os dados foram apresentados pela presidente do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género.
Marisa Carvalho, que discursava durante a “Proteção de Dados Pessoais e Violência Digital de Género”, sublinhou que essa forma de violência afecta particularmente as mulheres e está a ocorrer cada vez mais cedo, com um número crescente de casos entre os jovens.
De 2021 a esta parte, através da Polícia Judiciária, foram denunciados 31 casos de atentados à intimidade da vida privada, 8 casos de chantagem, 3 de gravações, fotografias e filmes ilícitos e 16 de pornografia de vingança. Um total de 58 casos de violência digital que atinge particularmente as mulheres e cada vez mais cedo.
A presidente do ICIEG lamentou as consequências reais desses crimes virtuais, como auto mutilações, depressões severas em jovens de 12 a 13 anos e casos de tentativa e consumação de suicídio.
Para lidar com essa urgência, o ICIEG estabeleceu uma parceria com a Comissão Nacional de Protecção de Dados em 2023 e tem realizado actividades conjuntas em escolas secundárias para consciencializar sobre o fenómeno do ‘cyberbullying’.
Conforme frisou, a falta de denúncias é um dos principais desafios enfrentados.
A presidente do ICIEG concluiu apelando para a necessidade de combater essa prática não apenas com acções de sensibilização, mas também mediante denúncias, destacando que o silêncio não pode ser aliado da violência.
Fonte: Expressos das Ilhas // Ad: Redação Tiver