Detectar as incidências dos cancros em Cabo Verde é o principal desafio para o sector da saúde no arquipélago. Quem o diz é a Directora Nacional da Saúde durante uma entrevista exclusiva à TIVER, na qual falou dos desafios prementes desta área que devem ser, segundo Ângela Gomes, exploradas, tendo ainda apresentada uma retrospetiva do ano a terminar.
Instado a comentar sobre as dificuldades, inerentes ao sistema de saúde, os problemas que afectam a este nível aos cabo-verdianos e das dificuldades que têm em acessar os Serviços da saúde em Cabo Verde, a Diretora Nacional da Saúde, ao partilhar os dados e indicadores de saúde no arquipélago, afirmou que o Governo tem tido uma dinâmica com ganhos muito fortes a nível da saúde pública reconhecida a nível internacional.
O cancro é uma doença crónica não transmissível das DNTS como hipertensão, diabetes, e o problema da saúde mental que segundo a mesma fonte são questões muito sensíveis, levando em conta o aspeto do autocuidado, o comportamento das pessoas e os factores de riscos. E para 2024 espera se na detenção precoce visto que a maioria dos cancros em Cabo Verde ainda infelizmente é diagnosticado numa fase já avançada.
Daí que é necessário reforçar o rastreio comunitário de alguns cancros considerados prioritários, como o cancro da mama que e fácil de detectar através da palpação.
Ângela Gomes reforça a ideia que o investimento no sector da saúde, deve ser feito no capital humano, na capacitação permanente, nas suas carreiras profissionais, num ambiente laboral mais aprazível e sobretudo com a modernização administrativa.
As evacuações internas e externas em Cabo Verde têm sido amplamente discutidas, a mesma, afirma que as complexidades das ações são cada vez maiores principalmente no setor da saúde, frisando que o país já investiu nas unidades de cuidados intensivos investimentos a serem feitos no hospital Batista de Sousa, e Hospital Universitário Agostinho Neto nas diferentes áreas
Em relação ao processo da certificação de Cabo Verde como país livre de paludismo, que veio a calhar num momento em que se vê confrontado com um pequeno surto da DENGUE, a DNS teceu alguns comentários afirmando que não se impedir ou eliminar é praticamente não impossível, mas é difícil por causa das relações próximas entre o país e outras comunidades como o Senegal por exemplo que está com epidemia da DENGUE.
Ainda sobre as metas, no que toca aos cancros mais incidentes no país, nomeadamente o cancro do trato gastrointestinal, a Diretora Nacional da Saúde frisa que foram criadas várias condições para o diagnóstico e despistagem, contudo carecem de mais reforços a nível do rastreio. O outro passo que o Ministério da Saúde pretende dar é investir na saúde mental, nas doenças crónicas não transmissíveis, entrada de novos profissionais para reforçar a saúde em todo o arquipélago bem como dar respostas e ferramentas ás famílias.
De recordar que Cabo Verde foi um dos poucos países que na área da saúde foi comtemplado com o fundo pandémico, orçado no valor de 4,3 milhões de dólares, que vai ser desencadeado em janeiro de 2024 para a sua implementação.
Redação Tiver